terça-feira, 26 de setembro de 2017

COMO O MUNDO ISLÂMICO QUER QUE AS MULHERES SE VISTAM?


Qual roupa é mais adequada para uma mulher em um país islâmico? E elas têm o direito de escolher o que vestir? Essas perguntas foram feitas recentemente por pesquisadores da Universidade de Michigan em sete países árabes. O resultado foi divulgado pelo instituto Pew Research.
Em média, 62% dos entrevistados acham que uma mulher não pode escolher o que vestir. No Egito é onde mais se pensa assim: 86%. Tunísia é o país mais liberal nesse sentido, onde 56% defende o direito de escolha da mulher.

O que é mais adequado?

Na pergunta “Que estilo de roupa é apropriado para mulheres em público?”, os entrevistados receberam um cartão com seis imagens de estilos diferentes. Eles deveriam apontar o que achavam o mais adequado. Não havia legendas nas fotos, indicando como se chamava cada tipo de roupa.
Em 5 dos 7 países, a maioria preferiu o hijab, o véu que cobre cabelo e orelhas, mas deixa todo o rosto à mostra. A Arábia Saudita é o país mais conservador, onde 63% preferem a niqab, que cobre todo o rosto, deixando apenas os olhos de fora. Lá, é alta também a preferência pela burqa, que tampa completamente o rosto e cabeça da mulher. Elas enxergam por uma espécie de rede. Já no Líbano, quase metade acha adequado uma mulher andar sem véu, com o cabelo solto. Essa porcentagem é alta, também, na Turquia.

Leis

O Alcorão, o livro sagrado do islamismo, não fala objetivamente sobre como as mulheres devem se vestir ou não. Ele diz que elas devem se vestir de maneira “modesta e decente”. Fala, também, em cobrir corpo e cabeça durante as orações e quando estiverem em meio a homens que não são seus parentes.
O texto, assim, deixa margem para interpretação sobre o quanto e como rosto e corpo devem ser cobertos. Em países como Afeganistão e Arábia Saudita, a interpretação é extrema e muitas mulheres usam a burqa, que cobre totalmente o corpo. É a exigência de muitos grupos extremistas que dominam diversas regiões, como o Taleban

Já em países como Egito e Líbano, mais influenciados pela cultura ocidental, mostrar o rosto ou um pouco do cabelo já é mais aceito.

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