terça-feira, 26 de setembro de 2017

EXERCÍCIO DE ENS. RELIGIOSO

Este exercício é a respeito dos textos dispostos neste blog logo abaixo desta postagem: 
  • COMO O MUNDO ISLÂMICO QUER QUE AS MULHERES SE VISTAM?
  • CULTURA AFRO-BRASILEIRA SE MANIFESTA NA MÚSICA, RELIGIÃO E CULINÁRIA
  • A FUNÇÃO POLÍTICA DO PENSAMENTO RELIGIOSO

1) Qual roupa é mais adequada para uma mulher em um país islâmico? E elas têm o direito de escolher o que vestir?

2) O Alcorão, o livro sagrado do islamismo, determina a forma que a mulher mulçumana deve se vestir? O que ele diz a esse respeito?

3) A cultura afro-brasileira é resultado de quais influências? E como ela se manifesta na sociedade brasileira?

4) A partir de que período histórico a cultura afro-brasileira passou a ser considerada como identidade nacional?

5) Como a cultura afro-brasileira passou a fazer parte dos conteúdos estudados nas escolas brasileiras?

6) Cite três alimentos que faz parte da cultura afro-brasileira e que são usados como oferenda em rituais religiosos como oferenda aos orixás?

7) Cite duas expressões musicais afro-brasileiras que estejam vinculadas a praticas religiosas?

8) Existe uma função política dos pensamentos religiosos?

COMO O MUNDO ISLÂMICO QUER QUE AS MULHERES SE VISTAM?


Qual roupa é mais adequada para uma mulher em um país islâmico? E elas têm o direito de escolher o que vestir? Essas perguntas foram feitas recentemente por pesquisadores da Universidade de Michigan em sete países árabes. O resultado foi divulgado pelo instituto Pew Research.
Em média, 62% dos entrevistados acham que uma mulher não pode escolher o que vestir. No Egito é onde mais se pensa assim: 86%. Tunísia é o país mais liberal nesse sentido, onde 56% defende o direito de escolha da mulher.

O que é mais adequado?

Na pergunta “Que estilo de roupa é apropriado para mulheres em público?”, os entrevistados receberam um cartão com seis imagens de estilos diferentes. Eles deveriam apontar o que achavam o mais adequado. Não havia legendas nas fotos, indicando como se chamava cada tipo de roupa.
Em 5 dos 7 países, a maioria preferiu o hijab, o véu que cobre cabelo e orelhas, mas deixa todo o rosto à mostra. A Arábia Saudita é o país mais conservador, onde 63% preferem a niqab, que cobre todo o rosto, deixando apenas os olhos de fora. Lá, é alta também a preferência pela burqa, que tampa completamente o rosto e cabeça da mulher. Elas enxergam por uma espécie de rede. Já no Líbano, quase metade acha adequado uma mulher andar sem véu, com o cabelo solto. Essa porcentagem é alta, também, na Turquia.

Leis

O Alcorão, o livro sagrado do islamismo, não fala objetivamente sobre como as mulheres devem se vestir ou não. Ele diz que elas devem se vestir de maneira “modesta e decente”. Fala, também, em cobrir corpo e cabeça durante as orações e quando estiverem em meio a homens que não são seus parentes.
O texto, assim, deixa margem para interpretação sobre o quanto e como rosto e corpo devem ser cobertos. Em países como Afeganistão e Arábia Saudita, a interpretação é extrema e muitas mulheres usam a burqa, que cobre totalmente o corpo. É a exigência de muitos grupos extremistas que dominam diversas regiões, como o Taleban

Já em países como Egito e Líbano, mais influenciados pela cultura ocidental, mostrar o rosto ou um pouco do cabelo já é mais aceito.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA SE MANIFESTA NA MÚSICA, RELIGIÃO E CULINÁRIA


O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente, na região Nordeste do Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados.
No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada.
Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.

Música

Na cultura africana, a música é um elemento indispensável no cumprimento de certos ritos sociais e religiosos. Os instrumentos musicais não servem apenas para tocar, aparecendo, similarmente, como veículos de correspondência com os outros e com a divindade. Por vezes, adquirem o poder de invocar entes espirituais com fins curativos e, em alguns casos, tornam-se mesmo a voz da divindade e dos antepassados.
Presente no Brasil, o maracatu servia para denominar um ajuntamento de negros. Os cortejos das nações em homenagem aos Reis do Congo passaram a acontecer no carnaval, e eram chamados de maracatus. Tinha no passado uma característica altamente religiosa, dançavam-se mais em festas religiosas diante das igrejas,e algumas vezes em festas cívicas.
O afoxé é de Origem Africana, apresenta no seu contexto elementos ligados a religiosidade dos africanos aqui no Brasil que para estes adeptos principalmente do Candomblé Jeje-Nagôs é quase que uma obrigação levar o axé (energia positiva) aos festejos que participam. Os antigos Afoxés ao se prepararem para desfilar sobretudo no Carnaval ,primeiramente eram preparados espiritualmente seguindo os Rituais do Candomblé nos Terreiros,com oferendas aos Orixás,pois eram adeptos ou muito ligados a esta Religião. Os Cantos e a dança executados durante o desfile estão também ligados ao Candomblé , o canto é em língua Nagô,os instrumentos musicais mais utilizados são os 3 atabaques( ru,rumpi,le),agogô ou gam,xerê.
A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do País e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval.
Mas os tambores de África (usados também em rituais religiosos) trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.

Capoeira

Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes.
Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.
A Capoeira é hoje Patrimônio Cultural Brasileiro e recebeu, em novembro de 2014, o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Culinária

Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo.
Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional.
Algumas comidas de origem africana também estão associadas ao culto afro, onde servem como oferenda. Vejamos algumas comidas oferecidas aos orixás:
·         Dendê a Oxalá
·         Pipoca a Obaluaiê e Oxumaré
·         Tapioca a Oxum
·         Fígado de animais a Iansã, Ossaim
·         Miúdos em geral Iansã, Nanã                 
·         Rabada a Xangô               

·         Sangue a Todos

A FUNÇÃO POLÍTICA DO PENSAMENTO RELIGIOSO

A religiosidade representa para a sociedade uma parte importante de suas atividades. Nas sociedades antigas a função da política da religiosidade era integrada na sociedade. Isto significa que não se via muita distância entre as manifestações religiosas e as outras organizações sociais existentes.
Nas tradições religiosas dos indígenas e de aborígenes australianos há esta integração. O que há de elemento cultural está intimamente associada às manifestações religiosas e vice-versa. As implicações que a política tem sobre esse tipo de sociedade influenciam diretamente nas ideologias religiosas.
Na Idade Média as implicações da ideologia religiosa sobre as questões políticas são marcantes. Para os medievais Deus era o centro e a base para explicar tudo. Não havia ideias diferentes sobre crença religiosa e o pensamento girava em torno do que justificasse a único pensamento religioso da época, pensar nas coisas do mundo identificadas com a existência de um Deus. Na Idade Moderna esse pensamento se modificou e até se contrapôs ao pensamento medieval. O centro e a base já não é mais Deus, mas o próprio homem. Os modernos pretendem separar a religião da política. As ideologias religiosas passam a ser vistas separadas do mundo das ciências e sua função política já não representam muita coisa no mundo Ocidental.
No mundo atual, verifica-se uma grande separação das coisas que são do mundo religioso do mundo político, mas existe uma função política dos pensamentos religiosos. E qual será esta função? Os pensamentos religiosos estão presentes nos campos da moral, dos comportamentos, das artes e das decisões sobre com quem dialogar. Buda (Sidharta) tomou uma decisão política importante que marcou o Budismo. Ele decidiu sair dos palácios para se aproximar do outro, e mais especialmente do sofrimento do outro. Jesus não queria o comércio no Templo e não aceitou como os judeus queriam julgar os que estavam com fome e colhiam o trigo no dia de Sábado para o seu próprio alimento. Deus queria que Moisés fosse libertar o povo da escravidão. A sua aparição na Sarça ardente revela que Deus tinha um plano para Moisés. No Candomblé, os Orixás encaminham respostas aos crentes para a prática do bem e defesa da natureza. Os Pajés procuram orientações dos espíritos para que tragam o bem para a aldeia e vivam em harmonia com a natureza.

O posicionamento político desses líderes religiosos revela que os pensamentos religiosos dirigidos para a prática do bem podem exercer uma função política com significado expressivo. Nesses casos as religiosidades estão sempre ao lado do “outro”, num diálogo com os menos favorecidos – os pobres, os que tem fome, os encarcerados, a natureza – e com a intenção de promover mudança social.