terça-feira, 31 de outubro de 2017

EXERCÍCIO DE ENS. RELIGIOSO (28-10-2017)

Este exercício deve ser respondido baseado no texto ENSINO RELIGIOSO E CULTURA DE PAZ, DIÁLOGO COM O SAGRADO, na postagem logo abaixo deste exercício
1) Onde começa a paz?

2) O que é um Estado Laico?

3) O que afirma a Constituição da República Federativa do Brasil a respeito da nossa liberdade, principalmente de manifestações religiosas?

4) Qual a solução para tantos tipos de violência que a sociedade brasileira vivencia?

5) O que é o Movimento Internacional pela Paz?

6) Quais grupos de pessoas da sociedade brasileira tem se engajado na divulgação da cultura de paz?

7) Qual é o papel do Ensino Religioso na escola?

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

ENSINO RELIGIOSO E CULTURA DE PAZ, DIÁLOGO COM O SAGRADO (Adaptado)


A sociedade brasileira se depara todos os dias com violência na família, contra mulheres e crianças, no trânsito, nas drogas, nos meios de comunicação, violência (ainda) da pobreza e da falta dos sonhos. Qual a solução para tantas formas de violência? Há quem busque a paz?
Onde começa a paz? A pergunta nos direciona ao caminho do raciocínio e a procura de meios, entre eles, o diálogo como instrumento para isso. Ao destacarmos a importância do diálogo, abordando a questão dos direitos que todos de ter ou não ter religião destacamos que o diálogo inter-religioso é gerador do respeito à diversidade religiosa e grande estimulador da paz.
O Estado Brasileiro é Laico, significa que não deve haver uma religião oficial e sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Essa liberdade é um dos direitos fundamentais da humanidade como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. A liberdade religiosa é fundamental, mas, ao mesmo tempo, tão desrespeitada. Ainda sim, percebe-se no mundo inteiro que em vários momentos da história os líderes religiosos e espirituais se reúnem para firmar compromisso pela Paz.

Direitos Humanos e Intolerância Religiosa: Diálogo Inter-Religioso é Preciso

Os Direitos Humanos são direitos que visam defender os valores mais preciosos da pessoa humana, ou seja, a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a dignidade. Então, busca-se uma verdadeira conscientização da sociedade de que os direitos humanos devem ser defendidos independente de raça, cor, religião, orientação sexual, pois somos todos diferentes, não existe ninguém igual!
No que confere ao princípio da igualdade, sua essência está no respeito às diferenças existentes, dando a todos, sem distinção, tratamento igual, pois acima de tudo somos seres humanos onde precisamos resgatar a dignidade da pessoa humana.
O dizem alguns documentos oficiais?
Afirma a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu Art. 5º e inciso VI: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias” (BRASIL, 1988). E diante da pluralidade, que foram constituídas por várias raças, culturas, religiões, nossa formação enquanto brasileira e brasileiro nos permitem que sejamos iguais, tendo cada um suas diferenças.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, no seu Art. XVIII assim declara:

Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular (ONU, 1948).

Cada pessoa com a sua cultura têm o direito de professar a religião bem como o modo próprio de pensar e de reverenciar sua divindade e nesta compreensão cria-se a possibilidade de refletir de forma crítica sobre o exercício da tolerância religiosa por meio do diálogo inter-religioso.
É perceptível o quanto se fala em tolerância religiosa atualmente no Brasil. No contexto religioso a ideia de intolerância parte da visão que muitas pessoas têm de que a sua religião é única autêntica, poderosa e com essa visão não abre mão deste padrão e com isso não se dão a oportunidade de conhecer outras culturas, outras religiões e isso muito contribui para a falta de respeito com pessoas que professam religiões diferentes, outras cosmovisões.

O Movimento Internacional pela paz

O Movimento Internacional pela Paz é uma iniciativa da sociedade que se preocupa com a violência, a intolerância, principalmente a religiosa. Vários estados brasileiros estão investindo na cultura de paz e desenvolvem ações que promovem reflexão sobre atitudes pacificadoras possíveis de serem seguidas por todos.
A paz pode estar relacionada ao conceito de guerra, mas não é só, ela está para além da guerra. Paz deve ser compreendida como um processo contínuo de vontade de mudança de hábitos, comportamentos, modo de viver que promovam uma cultura da não intolerância, da não violência.
Brasileiros e brasileiras dos mais variados lugares e independentemente de ideologias, religiões ou partido político se empenham para a construção de uma cultura da paz que nasce em cada pessoa e depois como uma onda se expande para as demais. Artistas, intelectuais, religiosos e outros trabalham em prol desse objetivo que a título de exemplificação destaca-se o cantor e compositor Nando Cordel e o palestrante Divaldo Franco.

Ensino Religioso e a Cultura de Paz

O fenômeno religioso existe na sociedade, e a escola, através do Ensino Religioso trabalha o conhecimento sobre esse fenômeno em sala de aula na perspectiva de uma formação que favoreça a convivência e a paz entre as pessoas que comungam diferentes crenças.
Esse ensino precisa considerar a compreensão do fenômeno religioso presente nas diferentes tradições culturais religiosas e o diálogo, o respeito e a compreensão dessa diversidade tornam-se indispensável. Os que lecionam Ensino Religioso precisam ter o cuidado de não utilizar o espaço público para privilegiar uma determinada tradição cultural. Ensino Religioso como disciplina deve promover o respeito entre os estudantes e incentivar a convivência humana entre pessoas com convicção religiosas diferentes, com pessoas que se denominam sem religião, ateias ou pertencentes a várias religiões.

Considerações finais:

Para se construir uma sociedade mais justa, mais igualitária e que respeite os Direitos Humanos é fundamental, que cada um comece por si mesmo a fazer um exercício de Paz Interior e exercite uma mudança de atitude, de ações e valores além de comportamentos que visem à construção de um mundo bem melhor de se viver, através da Paz Ambiental e Paz Social.
O Ensino Religioso é fundamental para o estudante, pois o ajuda a lidar com os conflitos religiosos existentes na sociedade, não os ignorando, nem os radicalizando, mas tenta-se superá-los.